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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

RUI CORTEZ E SEU MUNDO LÚDICO DA CENOGRAFIA E DOS FIGURINOS


Rui Cortez é um carioca diretor de arte, cenógrafo e figurinista e  uma destas pessoas que nasceram para brilhar no mundo da criação artística dos palcos. Dono de um enorme  talento, ele quando coloca a mão em um trabalho,  pode ter certeza que o resultado  terá uma dose de amor, conceito artístico,  pesquisa e generosidade.
Rui é destes diretores  que  sempre surpreendem  e trazem em sua  bagagem profissional um aprendizado e o poder de síntese extremamente contemporâneo.
Ele é o que comumente dizemos ter uma ''alma artística'', em todos os sentidos. 
Autodidata, ele já transitou pelo mundo da publicidade e da moda e  vem se dedicando ao teatro desde o ano de 1984, trabalhando com vários diretores teatrais, dentre eles Ana Kfouri, Karen Aciolly, Hamilton Vaz Pereira, Mauro Mendonça Filho, Evandro Mesquita, Pedro Bricio, Fabiano Thomaz Vannucci, Ivan Sugahara, Mauro Faria e outros.
Rui Cortez é criativo e em seu trabalho há uma fonte de inspiração infinita na história humana, onde ele condensa seus conhecimentos e os traduz na medida certa.
Bem humorado, existencial e extremamente crítico e divertido  ele consegue alinhar sempre bom gosto e estilo em suas produções. Seu olhar é voltado ao preciosismo e a riqueza lúdica da criação, seja no figurino ou na cenografia.
O que é bacana no trabalho dele é sua  sofisticação  para as coisas mais simples, instigando o espectador a perceber  um universo fértil de possibilidades visuais.  Há uma vida sempre genuína em suas caracterizações com um  olhar profundamente  humano. Ele parece despertar em suas produções uma narrativa de conteúdo  referencial  histórico  sempre ligado aos movimentos estéticos da história da humanidade e rebuscada de valores culturais. Seu trabalho é sempre uma reivenção genuína de uma pesquisa que ele executa com maestria.
Rui tem um curículum brilhante, com vários prêmios e indicações como: Prêmio Shell 2005 em ''A incrível Confeitaria do Sr. Pellica'', Prêmio APTESP- SP em ''Tem areia no maiô'', Prêmio de Teatro no Festival de São José dos Campos -SP em ''Prá frente Marias'', Prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem em  '' Iluminando a História'', Prêmio Sharp em a ''Dama da Noite'', Prêmio XXIII  FESTE Pindamonhangaba-SP com ''Prá frente Marias'' e Prêmio V Circuito Carioca de Esquetes- RJ em ''Deixe o mundo girar''.
Atualmente ele é diretor de arte no Rio de Janeiro das Cias. Zepellin e do Grupo Teatral chamado ''Mulheres Palhaças As Marias da Graça", do Projeto Social e Viver, do Grupo Cultural " Jongo da Serrinha'' e está atualmente  na produção do espetáculo musical ''Tim Maia - Vale Tudo'' do diretor Nelson Motta.
Rui Cortez consegue atingir as possibilidades de fazer o público se diluir na consistência dos personagens em palco, alimentando visualmente a sensação criativa destes em seus mundos.
Há em seu trabalho uma intensidade de sonho e de imaginação que transgride e nos faz ver as possibilidades do mundo no teatro.
E se voce me perguntar de onde ele tira tanta idéia para suas criações, eu diria : Meu amigo isso é dom e ''dom'', é como se voce de vez em quando tocasse  as nuvens do céu. E parece que Rui brinca com seu dedo num céu de idéias generosas para nossos olhos, onde sua alma transita com sutilezas artísticas.
Veja abaixo as imagens de seu figurino para'' A incrível Confeitaria do Sr. Pellica'' de Pedro Brício, que lhe  rendeu o Prêmio Shell. A concepção cenográfica se passa numa província da França fictícia por volta do século XVII, onde personagens esquecidos se reúnem numa confeitaria decadente voltados para um grande milagre que estaria por vir para salvá-los.Fotos: Alcinoo Giandinoto

















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