Ano passado fui visitar um amigo em Amsterdam e sempre que estou em viagem gosto de ficar sabendo sobre o movimento de arte que existe na cidade em que estou. Pego revistas, folders, catálogos, vasculho lojas e galerias. E entre cafés descubro endereços, faço anotações e sempre me divirto muito. Numa dessas minhas olhadas investigativas vi o trabalho de Sebastiaan Bremer, um artista holandês que transforma imagens fotográficas inserindo riscos, traços, desenhos e pinturas, dimensionando uma nova estética. Seu trabalho é cultuado no mundo da arte e ele tem uma rica trajetória internacional, com obras em museus e galerias na Europa e nos Estados Unidos. Seu trabalho inclusive andou circulando este ano, em uma galeria de arte em São Paulo. Este artista se apropria de uma fotografia antiga, dessas que estão envelhecidas pelo tempo e delicadamente insere pingos de tinta, recria desenhos, formas e faz contornos sobre a imagem. Ao fazer isto, Sebastiaan Bremer encaminha nosso olhar para um novo plano e espaço lúdico. O que é bacana no seu trabalho é o tratamento técnico que ele dá a imagem, pois suas impressões são de extremo acabamento e em grandes formatos. Ele consegue dar transparências incríveis e manchas de tinta muitas vezes, assumem planos coloridos, tridimensionalizando o impacto visual da obra. Há no trabalho dele, um apelo emocional de maneira ilustrativa e nos faz examinar cada detalhe, como se ele deixasse alí uma terceira dimensão. Sebastiaan Bremer ao criar uma apropriação, nos ressalta de forma inteligente as possibilidades da interpretação artística. É emocionante distinguir seus planos de intervenções na imagem e sobreposições de texturas que recriam uma nova memória. Veja mais em http://www.sebastiaanbremer.com/
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