Lu de Paula é uma jovem artista plástica paulista que vive em Florianópolis. Com formação acadêmica ela representa em sua arte o desenvolvimento de uma linguagem expressiva, onde construções geométricas , volumes e linhas se fundem de maneira contagiante entre cores e texturas. Ela já fez algumas exposições, inclusive fora do país e aperfeiçou seus estudos também com os artistas Charles Watson e Loro Verz no Instituto Tomie Ohtake e Escola São Paulo.
O trabalho de Lu de Paula é algo mágico e forte. Ele tem uma dinâmica construtivista na representação artística. Sua arte traduz uma emoção pura, onde seus desenhos nos propõe muitas vezes uma rica estamparia primitiva de características ''folk '', mas no sentido contemporâneo.
Há em seu trabalho algo fascinante de um cálculo de espaço sobre o suporte e sua pintura se dilui de maneira racional, sem contudo perder uma emoção na represesentação pictórica.
A artista constrói de maneira singular um caminho marcado por uma mensagem de recortes e sobreposições, onde a abstração surge de maneira emocionante através de cores.
O que é bacana na arte de Lu de Paula é a maneira como ela dimensiona sua obra, como se cada parte de seu desenho e de sua pintura fossem surgindo como elementos marcantes e racionais em sua linguagem.
Ela tem em seu trabalho uma forte predominância da arte construtivista, mas sua arte parece ir muito mais além dos limites causados como argumentação deste movimento.
O ''Construtivismo'' foi um movimento artístico modernista que ocorreu no período entre 1913 e 1930, na Europa, principalmente na Rússia. Ele surgiu como uma decorrência do futurismo italiano e do cubismo francês. O Construtivismo adquiriu características próprias perseguindo o ideal de abstração: despoja-se de qualquer alusão à natureza. Rompe radicalmente com a arte do passado (da representação do real) e propõe uma nova linguagem plástico-pictórica: O mundo da não-representação. Ele marca o início da preocupação da arte em criar objetos numa nova direção: a virtual, no sentido que a ênfase está mais no espaço vazio que na massa, na ausência que na presença.
Lu de Paula dentro do contexto da construção na arte, parece arriscar um diálogo muito mental em sua obra e fica muito clara a sua intenção. Há uma verdade em sua arte e isto é fascinante de perceber.
É precisso olhar com muita atenção seu trabalho, pois ele gera um conceito muito particular e parece se transormar em registros profundamente emocionais.
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