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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

As imagens do cotidiano intimista de Sandy Kim

Eu fico sempre fascinado pela estória das pessoas e seus trabalhos de arte. Gosto de saber como as coisas se processam , o poder de síntese, a elaboração formal das questões visuais e  como é construido  o pensamento artístico. Acredito que imagens podem significar e traduzir o mundo e o nosso comportamento. Há um tempo atrás o fotógrafo Paulo Greuel  que mora aqui , havia me chamado a atenção para algo que sempre nos confrontamos, de que ''a imagem é tudo'', neste mundo moderno. Atualmente navegando pela web fico exausto com tanta informação e me deparei com o trabalho da fotógrafa, blogueira e designer Sandy Kim. No meio de tantas  informações, muita coisa na web vem fragmentada, sem referências profundas e eu fico tentado achar o fio condutor para  fazer uma avaliação e uma analogia consistente sobre o que observo.  Sandy Kim é uma jovem e tem um namorado que toca numa banda chamada ''Girls''. Ela ás vezes vai em turnes com ele.  Sandy mora em São Francisco-Califórnia e faz imagens de seu cotidiano de maneira muito particular. Eu adoro esta coisa na fotografia do despropósito, do sem conceito estabelecido ou  de um '' deixar fluir''. Esta honestidade e esta simplicidade pode trazer efeitos muito simbólicos na imagem. E por mais que não se estabeleçam regras, o simples fato de executar um diálogo informal com a imagem, já estaremos intrínsicamente conceitualizado algo.  Esta dialética da comunicação sempre nos leva a um olhar particular e filosófico.   Sandy Kim  executa  registros de situações do cotidiano onde ela está inserida naquele momento e ''portraits '' muito divertidos  e íntimos. Simples demais, voce pode até considerar. Mas há um olhar singular e os   fragmentos de sua fotografia é que dão uma idéia formal e  vão substanciando uma beleza, na construção de seu trabalho artístico. Se voce perceber  nas imagens postadas abaixo , há um diálogo inquieto e belo na sua fotografia. Tem uma juventude e algo muito de nosso mundo contemporâneo.  Há milhares de pessoas no mundo que fazem isto, expressando um olhar muito particular sobre o universo que nos cerca.  Eu cada vez mais encontro pessoas que praticam esta linguagem de maneira elegante, com vigor e  com um  intimismo que expressa  a existência humana.  Lendo uma entrevista , Sandy diz que o melhor lugar do mundo  é seu quarto em São Francisco. Tomando isto como analogia, veremos que o universo intimista pode traduzir o conceito de sua fotografia. Há nas entrelinhas uma generosidade de mostrar a verdade crua de sua existência. E acredito que a beleza de suas imagens é esta coisa verdadeira, sem retoques de mostrar a vida em cada segundo. Seus registros são seus envolvimentos com seus amigos, viagens, seu quarto  sempre cheio de pessoas e seu mundo particular. Quando perguntaram pra ela o que era importante para se fazer uma boa fotografia, ela respondeu de maneira jovial ''cerque-se de pessoas bonitas''. Frívolo ou não, ela contextualiza um pedaço do mundo e de nossa cultura. Veja mais  em www.lovebryan.com/sandy e www.hisandy.com









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