Terry Rodgers (1947) é um pintor americano conhecido por suas telas de grande escala que se concentram em retratar a política do corpo contemporâneo. Eu já havia colocado algumas imagens do trabalho dele no facebook. Sua obra é maravilhosa e desde que o conheci, fiquei adimirado com a questão do olhar que ele imprime sobre a cultura da sociedade atual. Ele nasceu em Newark-Nova Jersey, cresceu em Washington-DC e formou-se em Massachusetts em 1969, com especialização em Belas Artes. Ele conta que desde pequeno já gostava de desenhar, desde que ganhou de sua mãe uma caixa de lápis de cor, não parava de rabiscar ''portraits'' de sua família. Seu avô também lhe deu de presente uma máquina fotográfica e mesmo criança, ele vivia fotografando pessoas. Seu grande interesse em cinema e fotografia influenciou seu estilo na direção do realismo representacional de sua arte. Ele faz um hiperealismo fantástico em telas imensas, onde a figura humana é o centro de seu trabalho. Não tem como não ficar impressionado com o detalhismo das situações que ele incorpora na sua figuração. Disciplinado ao extremo, quando estudante de arte se juntava com amigos e ficava horas fazendo desenhos de observação com modelos vivos. Seus amigos sempre foram gente de cinema, música, teatro e ligados as artes em geral. Todo este envolvimento também fez com que sua arte inclina-se numa linguagem extremamente original. Sua trajetória é brilhante e fico horas olhando o estilo de sua pintura e a expressão de seus personagens. Muitas vezes ele insere pessoas e ou celebridades conhecidas na composição de seus imensos quadros.
Em 2005, três de suas monumentais telas figurativas foram apresentados na Bienal de Valência-Espanha. No exterior, ele fez exposições individuais em galerias de Amsterdam , Zurique e Milão e já participou em exposições coletivas em alguns países. Sua obra sempre que é apresentada causa uma sensação nos espectadores, tanto pelo tamanho como pela brilhante técnica. Nos Estados Unidos ele já fez várias exposições em galerias de Nova York , Los Angeles , Atlanta e Chicago e também em diversos museus de arte contemporânea, inclusive na Europa.
Rodgers traduz em sua pintura um mundo expressivo de jovialidade, de festas, de uma felicidade infiltrada por valores materias. Seu diálogo expressa cores contagiantes com o corpo que está sempre em evidência. Sua genialidade é fazer quase que uma fotografia comportamental através de sua pintura, onde os valores da sociedade expressam luxo e riqueza, quase que num tom de orgia e festa. Conhecido por trabalhar para revistas como GQ, Citizen K e Flaunt ele retrata na tela a decadência da alta sociedade americana, mostrando referências com drogas, erotismo de luxo, culto corporal e acima de tudo um vazio espiritual. ''Eu vejo um mundo movido pelo desejo e esmagado por pseudo satisfação, querendo corpos melhores, mais belos rostos, roupas caras, arquitetura impressionante e a exclusividade'', diz Rodgers. Ele assumiu o desafio de desenhar uma América contemporânea e ao mesmo tempo traduzindo valores comportamentais, tão comuns na nossa sociedade. "Minha esperança é que estas pinturas revelem frágeis e verdadeiros seres humanos tentando descobrir isso."
A impressão que temos ao olhar sua obra é que somos um voyeur e convidado de uma festa com uma orgia glamourosa e cheia de felicidade material. Mas ao mesmo tempo que há este caos frívolo, sua pintura nos arrebata com uma inquietação impressionante. Ele é genial. Veja mais em http://www.terryrodgers.com/
A impressão que temos ao olhar sua obra é que somos um voyeur e convidado de uma festa com uma orgia glamourosa e cheia de felicidade material. Mas ao mesmo tempo que há este caos frívolo, sua pintura nos arrebata com uma inquietação impressionante. Ele é genial. Veja mais em http://www.terryrodgers.com/
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