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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A CAVEIRA COMO ILUSTRAÇÃO DE CAMISETAS

Eu gosto muito da ilustração de caveiras em camisetas e o blog posta mais  uma vez alguns exemplos deste símbolo  que virou um ícone.
Em 2010, houve uma exposição no Musée Maillol  em Paris, que contava  hístória desse símbolo.
Ela surgiu como uma forte marca   no final do século 17 e representava o antigo emblema das Vanités, que significa vaidade. Elas eram consideradas  como uma categoria de natureza-morta cuja composição alegórica sugere que a existência terrestre é vazia e a vida humana, precária e fugaz.
Num sentido mais filosófico a morte é  ilustrada pela caveira e se tornou o tema principal de ilustrações, desenhos ou composições passadas  que podem ter  variantes como  flores, animais, livros, cartas de baralhos, velas e outros. As flores fazem alusão à rapidez com que a beleza se acaba com o passar dos anos. A vela apagada e ampulheta lembram como a vida é breve, as cartas de baralho e as taças vazias representam a futilidade dos prazeres.
Ao longo dos anos, as vaidades tornaram-se menos moralizadoras e a caveira passou  a ilustrar objetos de luxo como jóias, porcelanas, tecidos, capas de cadernos, livros, bolsas e muito mais. 









segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Apolis Activism: Katin USA

XEVI MUNTANÉ E SUA FOTOGRAFIA

Encontrei imagens do fotógrafo espanhol Xevi Muntané e achei o trabalho dele muito bacana.
Este fotógrafo transita pela fotografia de moda com extrema originalidade e também produz portraits de maneira muito peculiar.
Sua fotografia está em diversos editorias e  publicações como: ID, GQ, Harpe'rs Bazar, Marie Claire, Dazed & Confused, V MAN, Wonderland e outras. Entre seus clientes estão: Nike, Citizen, EMI, Caramelo, Triple Five Soul e outros.
Voce pode curtir mais o site de Xevi Muntané e se deliciar na apresentação, com diversas imagens que seduzem num jogo de cor, luz e de extrema originalidade.













domingo, 26 de fevereiro de 2012

EDUARDO ARRANZ BRAVO

Eduardo Arranz Bravo é um pintor espanhol (Barcelona-1941) com formação academica e tem  uma carreira  brilhante.
Sua obra inicia entre a figuração e também a pop art, porém ela mais tarde acaba desenvolvendo também os conceitos de surrealismo e  abstração  de maneira muito singular.
A partir de 1967, seu trabalho intensifica uma dramaticidade onde ele tentou representar o homem moderno com seus problemas, medos, preocupações, isolamento e repressões. Ele participou da Bienal de Veneza 39 em 1980 e recebeu vários prêmios com seu trabalho.
Eduardo Arranz Bravo também criou  a partir de 1983  esculturas em  mármore, em bronze e cerâmica e algumas das quais,  ele apresentou pela primeira vez  no Centro de Exposições Gaspar em Barcelona. 
Sua obra é grandiosa e tem  reconhecimento internacional e   já circulou por diversas exposições individuais e coletivas  em museus e galerias em países como: Bélgica, USA, Suiça, Espanha, Itália, Brasil, Holanda, França, Alemanha, China, Aústria, Japão e outros.









quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

DITA VON TEESE E OS SAPATOS CRISTIAN LOUBOTIN

Com figurino impecável nossa musa do Burlesco, Dita Von Tesse faz um show elegante usando sapatos Cristian Louboutin representado uma cow girl irresistívelmente sexy.
Abaixo estão postadas algumas imagens de seu show Horray Strip em Los Angeles que cativa um grande público em suas apresentações.
Considerados verdadeiras obras de arte os sapatos de C. Loubotin, foram produzidos especialmente para ela e simbolizam um dos pontos da elegancia com que Dita Von Tesse monta seus shows.
Ela consegue misturar diversas temáticas e sua pesquisa é inesgotável, desde o figurino até o conceito de sua perfomance.
http://www.christianlouboutin.com/#/intro
http://www.ditavonteesefan.net/




quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

JEAN MICHEL BASQUIAT E SUA ARTE INQUIETANTE

Jean Michel Basquiat foi um  pintor afro-americano que criou  um universo artístico repleto de códigos de street art e de um grafismo extremamente forte e urbano, sendo um dos grandes precurssores do graffiti.
Seu pai  Gerard Jean-Baptiste Basquiat  foi ministro do interior do Haiti e se tornou  proprietário de  um grande escritório de contabilidade ao imigrar para os Estados Unidos. Sua mãe  Mathilde Andrada era de   origem portorriquenha.
Jean foi o  primeiro, dos três filhos do casal, de classe média alta e desde pequeno gostava de desenhar. 
Jean Michel Basquiat, aos três anos de idade  desenhava caricaturas e reproduzia personagens dos desenhos animados da televisão. Mas seu gosto pela arte se tornou coisa séria e um dos seus programas favoritos  era  frequentar o MOMA, Museu de Arte Moderna de Nova Yorque . Ele inclusive tinha carteira de sócio-mirim.
Uma tragédia o colocou ainda mais próximo da arte, quando aos sete anos foi atropelado e no acidente teve o baço dilacerado. Foi submetido a uma cirurgia e ficou uma temporada no hospital. Sua mãe lhe deu de presente um livro de anatomia, chamado Gray's Anatomy, que teria grande influência em seu futuro como artista.
Este universo da anatomia  seria inserido em seu trabalho de  pintura com  corpos humanos .
Jean Michel Basquiat criou  uma  banda musical de curta duração em 1979, cujo nome era Gray's, que tinha a sonoridade latina  vinda do Caribe e Porto Rico, que brilhavam  na cena artística novaiorquina como o hip hop, o break e o rap.
Com o divórcio dos pais ele  muda com o pai e as irmãs para Porto Rico e lá vivem de 1974 a 1976.
Basquiat toma contato com suas origens latinas.
Aos 17 anos está de volta a Nova York e não consegue se adaptar às escolas convencionais. Passa a frequentar a Edward R. Murrow High School mas a abandona praticamente no final do curso.  
Sai de casa e vai morar com amigos, e passa a pintar camisetas que ele mesmo vende nas ruas.
Com o artista gráfico Al Diaz cria a SAMO (same old shit - mesma velha merda), marca e assinatura que usava para espalhar as suas obras pelas paredes da cidade. Passa a viver nas ruas e a grafitar paredes, portas de casas e metrôs de Nova York.
Aos poucos torna-se uma celebridade, começa a aparecer num programa da TV a cabo e é convidado a participar do filme Downtown 81, investindo o dinheiro que ganhou em materiais de pintura.
O filme relata um dia na vida do jovem artista à procura da sobrevivência e mistura hip hop, new wave e graffiti, manifestações artísticas típicas do início da década de 80.
Com a fama adquirida passa a ter dinheiro, torna-se  um artista internacional da chamada vanguarda.
Ele se torna  amigo de pessoas influentes, conhecendo e convivendo com Andy Warhol, com quem compartilhou forte amizade.
Andy Warhol proporcionou a ele lugar para morar, materiais para trabalhar, além de ajudar a divulgar o seu trabalho e patrocinar algumas excentricidades, típicas de endinheirados.
Nessa época Basquiat abandonou a arte de rua e o graffiti e decreta nas paredes: "SAMO morreu".
Começa a pintar telas que passam a ser adquiridas e comercializadas por marchands de Zurique, Nova York, Tóquio e Los Angeles, ávidos por novidades. De artista que vivia precariamente passa a ser um artista consumido e recebido nos salões mais chiques e exclusivos de Nova York.
A arte de Basquiat é classificada como  de "primitivismo intelectualizado", uma tendência neo-expressionista, retratando  personagens esqueléticos, rostos apavorados, rostos mascarados, carros, edifícios, policiais, ícones negros da música e do boxe, cenas da vida urbana, além de colagens, junto a pinceladas nervosas, rabiscos, escritas indecifráveis, sempre em cores fortes e em telas grandes.
Quase sempre o elemento negro está retratado  em meio ao caos.
Há também uma dessacralização de ícones da história da arte, como a sua Mona Lisa (acrílico e óleo sobre tela) que é uma figura deformada  riscada com lápis colorido.
O período mais criativo da curta vida e da carreira meteórica de Basquiat situa-se entre 1982-1985, e coincide com a amizade com Warhol, época em que faz colagens e quadros com mensagens escritas, que lembram o graffiti do início e que remetem às suas raízes africanas. É também o período em que começa a participar de grandes exposições.
Em 1982, com a mostra Anatomy, Baquiat   foi o mais jovem artista da famosa exposição Dokumenta, de Kessel e também  em 1983, o mais jovem artista da Bienal do Whitney Museum, de Nova York.
Daí em diante ele  participa de várias exposições e passa a ter trabalhos espalhados por vários  museus mais importantes do mundo, como: Osaka City Museum of Modern Art no  Japão; Chicago Art Institute, de Illinois,  Everson Museum of Art Syracuse de Nova York,  Solomon R. Guggenheim Museum de Nova York, Kestner-Gesellschaft de  Hannover, Museum Boymans-Van Beuningen de  Roterdã, Museum of Contemporary Art de  Chicago, Museum of Contemporary  de  Los Angeles,  Museum of Modern Art de Nova York Museum of Fine Arts de Montreal e  Whitney Museum of American Art de  Nova York.
A morte do amigo e protetor Andy Warhol, em 1987, deixa Basquiat abalado e debilitado e isso se reflete na sua criação. Os críticos, sempre muito exigentes, já não o tratam com unanimidade e Basquiat responde a essas cobranças, associando-a ao racismo arraigado na sociedade americana.
Basquiat começa a consumir drogas e em agosto de 1988, ele morre por overdose de heroína, que põe fim à carreira brilhante do primeiro afro-americano a ter acesso à fechada cena das artes plásticas novaiorquinas.
Seu trabalho é cultuado em todo o mundo e passou a ser referência na arte contemporânea.
Sua exposição de 1996 na 23a. Bienal em São Paulo teve uma sala especial com suas obras e  em 1998 foi montada uma retrospectiva dele na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Em  2010,  foi organizada em Paris uma grande exposição sobre sua obra , causando enorme sucesso de público.