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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Street Anatomy

A anatomia sempre esteve presente na história da arte e impregnou-se pelo mundo, desde a pintura até projetos de design gráfico ou mesmo  na sofisticação do vídeo instalação. O corpo para muitos artistas está em evidência e  ele já foi inclusive dilacerado e apresentado em Galerias e Bienais no mundo. Sempre há muito para  se falar sobre o corpo humano. Vou tentar mostrar um pouco desta trajetória  sobre a cultura do corpo na arte. Tenho vários materiais guardados sobre algumas pesquisas que faço. Mas hoje estão postados aqui,  algumas imagens  gráficas as quais  achei interessantes.  Elas já podem dar a ótica de como a imagem anatômica pode gerar uma estética visual na arte. Nós já falamos aqui no blog sobre a discussão do corpo na arte e sobre a estética do uso da simbologia das caveiras.  Sempre há muito material pra postar e fico meio tonto com tanta informação. Na web descobri uma empresa  chamada Asthetic Appartus  de Minneapolis (USA). Ela  faz posters gráficos chamados  ''Anátomo-Projetos '', onde a estética do corpo se faz presente. É incrível ver tantos  desenhos anatômicos em todos o seus cartazes, principalmente os que envolvem esqueletos. Essa figuração da anatomia pode ser algo bastante interessante como estética visual e ao mesmo tempo, sugerir analogias com muitas coisas com o  mundo em que vivemos. Dá uma olhada nas imagens postadas, que tem um ar retrô e são bem bacanas.





                                                           

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A fotografia (street art) do londrino Slinkachu





http://www.slinkachu.com/

A divertida fotografia urbana de Slinkachu









O artista londrino Slinkachu monta na rua pequenas estórias  com figuras minúsculas. O cenário é a própria rua e ele dirige uma situação de acordo com a colocação de seus personages. Ele usa pequenos bonecos , destes  parecidos com os que se usa em projetos de maquétes de arquitetura. Com um olhar minucioso ele cria a cena e a fotografa. Depois ele os deixa alí , para que o curso natural aconteça. Seu trabalho já está publicado em um livro e recentemente ele fez uma exposição na Galeria Cosh no Soho-London.Veja mais em http://www.slinkachu.com/
                                                

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O mundo mágico de Jeannie L. Paske


Jeannie Paske é uma ilustradora  americana (Porthland-Oregon) e artísta plástica que faz um mundo de magia em seus desenhos. Ela tem uma carreira artística com várias exposições nos Estados Unidos.  Quando vi seu trabalho, fiquei imaginando como ela concebe sutilmente suas figuras. São finas linhas e traços num atmosfera colorida, imprimindo uma realidade onírica  e divertida.  Seus personagens habitam um planeta de estranhas criaturas, perdido neste universo. Sua figuração  me parece ser delicados  monstrinhos. O mundo de Jeannie é de mentirinha, mas imprime algo de um sonho, quase que um lindo filme  de animação. Voce pode até achar o trabalho de arte dela, meramente ilustrativo, mas se olhar atentamente há uma  sutileza e uma mensagem muito bela  em suas imagens. Há em sua obra um despreendimento e uma construção de uma nova identidade e isto, é o bacana em sua arte. A possibilidade de criar uma obra tão  lúdica, onde mensagens estão introduzidas como estórias em quadrinhos. Olhando seu trabalho me lembrei da talentosa artista que mora aqui em Florianópolis chamada Monique Rodi, a qual já publiquei no blog. Cada vez mais voce percebe que a arte caminha por linguagens distintas e muitas vezes parecidas, se conceitualizando  pela sutileza de uma  mensagem. Veja mais em http://www.obsoleteworld.com/ 




VAN GOGH'S ROOM - ALUCINAÇÃO


Van Gogh's room (hallucinations) from ARG /// estudio design on Vimeo.

O vídeo postado aqui mostra que com pequenos recursos de animação pode-se efetuar uma pequena obra. Longe do conceito estético ao que ele se propõe, observa-se que de maneira fragmentada pode-se construir algo interativo que apresente resultado.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Culture Jamming e a subversão na comunicação de massa

Voce já ouviu falar em Culture Jamming? Ela  é uma expressão que se dá  a prática de parodiar peças publicitárias e utilizar os outdoors ou imagens publicitárias, adulterando e alterando suas mensagens de forma transgressora.
José Rodrigues Gerada que está aqui no Blog com seu trabalho é um dos precurssores desta cultura,  e prefere usar o termo “arte do cidadão”, embora alguns a identifiquem como ''arte de guerrilha''. Ao contrário dos publicitários afirma Rodriguez, esse trabalho implica uma discussão quanto às políticas de espaço público na comunidade em que é aplicado.
Através da modificação e inserção de uma frase ou modificação da mensagem original que está explícita na peça publicitária,  há uma verdade para ser dita, criando uma discussão sobre o real valor da publicidade ou do anunciante.
Os praticantes da Culture Jamming  são chamados de adbursters (ou subverting, subversão da publicidade). Eles acreditam que as pessoas devem ter  o direito de responder as imagens impostas pela indústria do consumo, pois nunca pediram para ve-las. O termo Culture Jamming foi cunhado em 1984 pela banda americana de audiocolagem Negativeland.
Para alguns estudiosos  esta prática vem traduzir uma liberdade de expressão, porque voce não é obrigado a aceitar tudo que a mídia publicitária lhe impõe. E também  tem o direito de responder e questionar os anúncios ou mensagens da mesma forma, interferindo neles. É como se dialoga-se com a mensagem.  Para muitos a Culture Jamming rejeita frontalmente a idéia de que o marketing deve ser aceito passivamente como um fluxo de informação unilateral. Para os cultuadores desta prática a aceitação de mensagens deve ser questionada, porque voce não é obrigado a aceitar a apresentação da publicidade de maneira passiva , sem questioná-la.
A intervenção dita como cultura jamming, é fazer com que fique claro que a  contramensagem interfira com a comunicação da publicidade do anunciante, revelando uma verdade oculta nos eufemismos publicitários. Há o uso de uma ironia e um deboche que  vão de paródias de propagandas , bem como intervenções  no outdoor ou peça publicitária.
A ideologia que está dentro da Culture Jamming é uma verdade da  livre expressão  e serve de crítica, já que  a comercialização de  muitas marcas  e produtos se banalizou.  Se observarmos, somos submetidos todos os dias pelo consumismo do que é melhor, do que voce deve ser, do corpo perfeito e do ideal para a sua vida. Há  uma parafernália de imagens e marcas que ficam em seu subconsciente. Uma delas é  superexposição do nu feminino na propaganda, nos filmes e  novelas.  Alguns estudiosos explicam : ''Não se trata nem de menosprezar a nudez do corpo nem a nudez feminina. Também não se trata de pura e nefasta tentativa de diminuir as mulheres que acreditam numa busca da beleza ideal. Entretanto, temos que admitir que fomos tão intoxicados com a avalanche da mesma representação do mesmo ideal de beleza, que estamos nos tornando insensíveis ao fato de que se tratam de representações e não, da realidade viva dos corpos. Na crença de que este ideal é um produto à venda no mercado, nem cogitamos mais na hipótese de que beleza talvez seja um estado de espírito''.
A  metáfora  está     em   avaliar a questão do comportamento social   através do apelo da imagem , afinal  a   beleza  pode ou não pode ser comprada?
Atualmente  a Culture Jamming  se espalha em redes de organizações coletivistas de mídia. A prática consiste em  combinar a subversão da publicidade, também com publicação de zines, rádios piratas, vídeos ativistas, desenvolvimentos na internet (o que inclui hackers invadindo sites de grandes corporações) e militância comunitária. Por outro lado há muitos artistas gráficos que fazem sucesso com a aplicação desta simbologia toda.
Para muitos  a Culture Jamming  tem um marco  histórico em 1997, quando organizações coletivas antitabaco na cidade de Nova York, compraram centenas de placas publicitárias de táxis, para fazerem ironia publicitária com as marcas de cigarro fictícias com nomes ''Lodo da Virgínia'' (Virginia Slime), ''Sonho de Fumar ''(Dream Smoke) e ''País do Cancêr'' (Cancer Country). Esta atitude  levantou  a discussão em massa,  sobre o uso abusivo de espaços públicos para propagarem  algo que deveria ser discutido e pensado  como é a questão do tabagismo.
Para muitos ela é entendida como militância, mas não deixa de ter um valor como arte se for entendida materialmente como expressão performática. É certo que ela cumpre um importante papel na discussão da cultura e dos valores da sociedade.

 












domingo, 26 de setembro de 2010

JORGE RODRIGUES GERADA

JORGE RODRIGUES GERADA E SUAS INTERFERÊNCIAS ARTÍSTICAS

Jorge Rodrigues Gerada  é conhecido como um dos fundadores mais habilidosos e criativos de ''culture jamming'', a prática de parodiar anúncios e fazer interferências (sequestrar) outdoors, alterando drasticamente as suas mensagens. Ele é um um artista de origem cubana que  cresceu em Nova York (EUA), que faz desenhos  realistas com tom efêmero em fachadas de prédios ou edificações. A mais recente manifestação artística dele é a série chamada '' Identidade'', que começou na Espanha em 2002.  São retratos gigantescos feitos com carvão de pessoas anônimas. Ele cria desenhos gigantescos em muros e edifícios, em cidades diferentes que serão apagados com o tempo. Diferente do grafitti, as imagens representam um evento performático. Elas são guardadas pela memória coletiva e desaparecerão rapidamente. A mistura do carvão vegetal e da superfície da parede com o vento , a chuva ou a repentina destruição da parede é em última análise, a parte mais importante do processo.  Jorge Gerada cria  num espaço público um desenho (portrait) de alguém que ele escolhe que more naquela cidade, criando uma identidade, um registro e uma  memória que se apagará.  Seu trabalho tem um cunho social. A idéia  é mostrar que todos nós deveríamos ser vistos com dignidade. Para ele o importante é a marca que deixamos como indivíduo, ou seja, nossa identidade deve vir de dentro e  não das marcas que vestimos  impostas pelo consumismo em massa. Para ele nos devemos  questionar quem escolhe os nossos ícones culturais e modelos, nossos valores e nossa estética. ''Eu quero ensinar que o  importante é a nossa vida , o impacto sobre o ambiente de cada pessoa, a vida heróica de milhares de trabalhadores que nunca serão atores famosos, nem celebridades, nem nada. É bom fazer um esforço para uma pessoa comun, como se seu retrato pudesse se tornar um ícone por um tempo". O uso  do carvão vegetal para criar seus imensos desenhos (portraits) neste caso, é escolhido especificamente como uma metáfora para a efemeridade e a fragilidade da identidade. Depois de dias de trabalho o carvão desbota com o tempo, voltando lentamente o local ao seu estado original. O ícone desaparece deixando apenas uma memória.






A PAISAGEM DO AMANHÃ PELO DESIGN GRÁFICO






Há muito se discute a mudança do planeta em que vivemos e a transformação da natureza.  A tecnologia influenciou olharmos a Terra  com mais atenção e ao mesmo tempo, sempre indagarmos de como será este mundo amanhã.
A digitalização gráfica e a  fotografia abriu um novo caminho para pintar cenários futuristas   sugeridos pela imaginação de diversos artistas espalhados pelo mundo. Sempre nos impressionamos com os detalhes sugestivos de cenários  criados pela ficção no cinema. A digitalização tem proporcionado também  efeitos fantásticos  para a publicidade. Andando pela web encontrei algumas imagens que me chamaram a atenção. Não podemos prever com exatidão o mundo de amanhã, mas me parece ser interessante ver a viagem destes artistas que fazem da digitalização gráfica um arte deste mundo de agora. E embora muitas vezes há imagens que nos traduzem um caos planetário,  temos que adimitr que a tecnologia  usado com arte pode nos dar um olhar de alerta para o mundo em que vivemos.

sábado, 25 de setembro de 2010

A obra de Terry Rodgers



A obra do pintor americano Terry Rodgers é impactante pelo seu estilo e pelo universo temático de seu trabalho. Ele traduz  o comportamento da sociedade contemporânea de maneira brilhante em suas imagens. Veja mais em  www.terryrodgers.com

TERRY RODGERS E SUA IMPACTANTE OBRA

Terry Rodgers é um dos principais artistas contemporâneos que explora na composição de sua pintura  o comportamento da sociedade americana. Há nas entrelinhas de seu trabalho uma crítica social, onde a exploração do corpo está sempre em evidência. Suas imagens são rebuscadas de um clima festivo, urbano e de orgia. Em sua obra todo espectador torna-se um ''voyeur''.  Sua pintura é em grandes proporções e seu estilo é o hiperealismo. Se voce quiser saber mais sobre ele acesse  www.terryrodgers.com e divirta-se.

TERRY RODGERS E SEU MUNDO DA PINTURA HIPEREALISTA



Terry Rodgers (1947) é um pintor americano conhecido por suas telas de grande escala que se concentram em retratar a política do corpo contemporâneo. Eu já havia colocado algumas imagens do trabalho dele no facebook.  Sua obra é maravilhosa e desde que o conheci, fiquei adimirado com a questão do olhar que ele imprime sobre a cultura da sociedade atual. Ele nasceu em Newark-Nova Jersey, cresceu em Washington-DC e formou-se em Massachusetts em 1969, com especialização em Belas Artes. Ele conta que desde pequeno já gostava de desenhar, desde que ganhou de sua mãe uma caixa de lápis de cor, não parava de rabiscar  ''portraits'' de sua família.  Seu avô também lhe deu de presente uma máquina fotográfica   e mesmo criança, ele vivia  fotografando pessoas. Seu grande interesse em cinema e fotografia influenciou seu estilo na direção do realismo representacional de  sua arte. Ele faz um hiperealismo fantástico em telas imensas, onde a figura humana é o centro de seu trabalho. Não tem como não ficar impressionado com o detalhismo das situações que ele incorpora na sua figuração. Disciplinado ao extremo, quando estudante de arte  se juntava com amigos e ficava horas fazendo desenhos de observação com modelos vivos. Seus amigos sempre foram gente de cinema, música, teatro e ligados as artes em geral. Todo este envolvimento também  fez com que sua arte inclina-se numa linguagem  extremamente original. Sua trajetória é brilhante  e fico horas olhando o estilo de sua pintura e a expressão de seus personagens. Muitas vezes ele insere pessoas e ou celebridades conhecidas na composição de seus imensos quadros.
Em 2005, três de suas  monumentais telas figurativas foram apresentados na Bienal de Valência-Espanha. No exterior, ele fez exposições individuais em galerias de Amsterdam , Zurique e Milão  e já  participou em exposições coletivas em alguns países. Sua obra sempre que é apresentada causa uma sensação nos espectadores, tanto pelo tamanho como pela brilhante técnica. Nos Estados Unidos ele já fez várias  exposições em galerias de  Nova York , Los Angeles , Atlanta e Chicago e também  em diversos museus de arte contemporânea, inclusive na Europa.
Rodgers traduz em sua pintura um mundo expressivo de jovialidade, de festas, de uma felicidade infiltrada por valores materias. Seu diálogo expressa cores contagiantes com o corpo que está sempre em evidência. Sua genialidade é fazer quase que uma fotografia comportamental através de sua pintura, onde os valores da sociedade expressam luxo e riqueza, quase que num tom de orgia e festa. Conhecido por trabalhar para revistas como GQ, Citizen K e Flaunt ele retrata na tela a decadência da alta sociedade americana, mostrando referências com drogas, erotismo de luxo, culto corporal e acima de tudo um vazio espiritual.  ''Eu vejo um mundo movido pelo desejo e esmagado por pseudo satisfação, querendo corpos melhores, mais belos rostos, roupas caras, arquitetura impressionante e  a exclusividade'', diz Rodgers.  Ele assumiu o desafio de desenhar uma América contemporânea e ao mesmo tempo traduzindo valores comportamentais, tão comuns na nossa sociedade. "Minha esperança é que estas pinturas revelem frágeis e verdadeiros seres humanos tentando descobrir isso."
A impressão que temos ao olhar sua obra é que somos  um voyeur e convidado de uma   festa  com uma  orgia glamourosa e cheia de felicidade material. Mas ao mesmo tempo que há este caos frívolo, sua pintura nos arrebata com uma inquietação impressionante. Ele é genial.  Veja mais em  http://www.terryrodgers.com/