Páginas

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A ENTREVISTA DA D'J RUTH FLOWERS OU ''MAMY ROCK''


Aqui está a entrevista  de Ruth Flower's  a Top D'J  de 69 anos conhecida por ''Fucking Great D'J", que tem sacudido a cena da música eletrônica para o site PDL de Portugal.  A entrevista foi concebida ano passado quando ela se apresentava naquele país.
 http://www.putadaloucura.com/- SPOA / Orel Simon – Photo by Marjorie Curty



Sabemos que tem uma agenda muito preenchida. Como é o seu dia a dia?
Os eventos são super corridos, super agitados, há sempre mudanças imprevisíveis e tenho que considerar tudo quando seleciono as músicas para tocar. Preciso sempre  procurar novas músicas para a festa e escolher outras músicas antigas que eu gosto de tocar. Como vivo na Inglaterra, tenho que ir frequentemente para Paris para estar com a minha equipe. Eu adoro tudo isto e aproveito cada momento. É tudo muito excitante e intenso.


Tudo começou com uma festa para o seu neto. Qual foi a reação do seu neto quando ele descobriu que a avó se ia dedicar à musica?
O meu neto é um grande amigo meu, ele acha bacana  ter uma avó DJ.

Já anteriormente a Ruth esteve envolvida com a música. Deu aulas durante 14 anos, inclusive deu aulas de canto em Portugal. Quais são as suas memórias de Portugal e o que a fez voltar para a Inglaterra?
Eu estive sempre envolvida no mundo da música a minha vida toda. Venho de uma família de artistas, todos os meus parentes do lado paterno estiveram de alguma forma ligados à música. Tanto tocavam instrumentos como cantavam, pois foram todos abençoados com vozes incríveis. O meu irmão mais velho tocava piano, órgão e guitarra. A minha irmã também tocava piano e órgão, e eu era a que tinha “a voz” e treinei como mezzo soprano. Eu não dei aulas de canto quando morei no Algarve, isso foi engano da comunicação social, eu cantei durante dez anos pela costa algarvia. Estive integrada num grupo com várias outras pessoas, quase todas profissionais do ramo aposentadas e diverti-me imensamente ao cantar para os portugueses. Foram 10 anos incríveis no Algarve, mas voltei para as minhas raízes. Voltei para Inglaterra por motivos pessoais

Existem muitos grandes DJ’s por todo o mundo, como se sente por ser “a nova sensação” e como se sente sendo uma “Fucking Great DJ?”
É algo estrondoso ser rotulada dessa maneira. A sensação… pode ser que seja uma sensação curta, ou espero eu, visto que o interesse é tão grande que seja uma sensação duradoura. Tenho a dizer que nas discotecas a reação que recebo de quem dança é positiva. De pista para pista onde toco é uma experiência incrível, os jovens são incríveis. Eu adoro ser DJ.


Ruth, PDL significa “Puta da Loucura”. Qual a coisa mais maluca que lhe aconteceu desde que se tornou DJ?
Um momento maluco desde que sou DJ, bem eu julgo que as opiniões que eu recebo dos meus fãs são um pouco malucas. Mas há muitas emotivas e eu sinto que alguns necessitam de alguma “esperança na vida” e se eu lhes der isso, fico satisfeita.

Concorda com “a idade não é uma barreira para nada”? É quase um lema de vida para si. Vê-se como um exemplo para alguém?
Porque é que seria impedida de fazer alguma coisa que goste de fazer por causa da minha idade? Se tiver a saúde e a energia para o fazer, porque não? Se alguém me vê como exemplo, como uma idosa a “testar as águas” para os outros, vamos a isso!

No seu Myspace podemos ouvir “If you don’t like my style kiss my ass”. O que diz ao pessoal que a critica? Ou simplesmente fascina-os com as suas músicas? Acha que as redes sociais têm-na ajudado a promover os seus eventos?
Podem ver as minhas páginas no Facebook, Twitter e no Myspace, bem como no meu site Mamy Rock. Eu vejo sempre o meu fan-mail. Deve haver pessoas que não gostam de mim, mas espero que não, ainda não tenho evidências disso.

Está cada vez mais ocupada, no futuro próximo tem planos para vir tocar a Portugal? Dos lugares que se lembra há algum onde gostava de ir tocar?
A minha agenda para o futuro está muito cheia, e sim, já tenho um convite para ir ao Algarve no início de Maio deste ano. Se for confirmado poderão ver-me em Vilamoura. Eu tenho muitas lembranças do Algarve e ainda tenho muitos amigos aqui, espero que venham me ver tocar.

A Ruth tem tem 69 anos e prova constantemente que a idade não importa e que não impõe limites. Há alguma coisa que deixou de fazer devido à idade? Ou é literalmente jovem de coração e maluca de espírito?
A minha idade nunca foi um problema, nascemos, vivemos e morremos, acontece e é da maneira que as coisas são. O que é que eu não posso fazer? Tento manter-me ativa e faço uma corrida leve aqui nas redondezas, eu ate já corri a maratona de Londres quando tinha 57 anos. Não sei se o faria tão bem agora, precisaria de treino. Da mesma maneira que iria precisar de treino de canto se voltasse a cantar.
69 é um número controverso mas que também tem o seu valor de mercado. Como é ter 69 anos? Além de ser a sua idade, esse número representa mais alguma coisa para si?
É claro que sei da conotação sexual do 69! Claro!

De todas as pessoas que trabalham para voce agora, produtores e diretores, a quais agradece mais? Use o PDL para mandar uma mensagem especial para uma pessoa especial.
Estou muito feliz desde que conheci o Aurelien Simon. Mesmo no início, há 5 anos ele mostrou me o que era o Electro e o House music. Fui a discotecas e pratiquei nas máquinas novas com alguns DJ's talentosos. Depois de várias semanas eu criei o meu estilo de mix, que tem uma linha de electro mas tem uns toques de músicas mais antigas que eu adoro. Por exemplo eu adoraria fazer um mix com Deadmau5, Daft Punk ou David Guetta, um remix com a grande Lady Gaga, com o James Brown ou um número dos Stones. Os meus favoritos mesmo são os Queen mas infelizmente o Freddie Mercury já cá não está. Eu adorava a música dele. Agora damo-nos todos muito bem, ainda tenho muito para aprender mas é uma grande aventura e espero que continue. Ainda estou a trabalhar com a minha equipa para produzir um single de Electro Rock que podem ouvir um pouco no meu Myspace.

Nenhum comentário:

Postar um comentário