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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Registros de uma memória afetiva por Clica Voigt

Muitas vezes um simples olhar e uma máquina fotográfica,  podem gerar uma bela fotografia.
O blog tem feito diversos posts sobre alguns aspectos da fotografia  contemporânea, principalmente sobre  publicidade e a ''fashion photografie''.
Recebo diversos links de pessoas para publicar no Blog e vivo vasculhando sites específicos, pra selecionar o melhor material possível e racionalizar informações.
Nestas minhas buscas, me deparei com o trabalho de fotografia de Clica Voigt que vive em Florianópolis, com formação em arquitetura, fez televisão e nas horas vagas  cria um resgate fotográfico repleto de emoção cotidiana. 
Clica sutilmente aprendeu de maneira muito subjetiva, há ter uma dimensão muito particular de seus registros fotográficos.
Quando vi sua fotografia, confesso que fiquei impressionado com a expontaneidade  de sua linguagem , seu enquadramento e seu diálogo com o tema fotografado.
Ela com  simplicidade  e ao mesmo tempo com um olhar sensível e sofisticado, através de  uma máquina  polaróide, cria de maneira emocional  uma fotografia moderna.
Em princípio  voce poderia achar algo   simples e familiar, pórem o que Clica faz é um exercício primoroso de um  resgate afetivo e de muito bom gosto.
Por mais que a fotografia possa ter códigos subjetivos, Clica evidencia sensivelmente para os nossos olhos,  uma poesia fragmentada pela cor ''vintage'' de seu pequeno equipamento, dando-nos a possibilidade de guardar documentalmente a  memória de um tempo tão precioso em nossas vidas, como é a infância.
As imagens produzidas por ela, me lembram alguns editorias internacionais de fotografia que encontro  pela web. Já havia falado  da  luz e da cor encontrada muitas vezes na fotografia dos  fotógrafos asiáticos e de grandes  nomes da fotografia atual, onde há um rebuscamento de uma cor saturada e esmaecida.
Clica Voigt efetua com seu olhar o registro subjetivo de seus momentos ao lado de suas crianças, criando  uma memória afetiva existencial.
Através de sua camera ela dimensiona   uma leitura poética, apresentando  de maneira genial efeitos de cor,  luz e movimento repletos de modernidade e nostalgia.
O que é bacana em seu trabalho,  é perceber um despojamento  e uma expontaneidade de quem observa  genuinamente, o mundo com extrema delicadeza humana.
Seu diálogo com a imagem traduz uma vida cheia de pequenas emoções, com registros  amorosos de um tempo vivido com alegria.
Clica  Voigt exercita algo  nostálgico, dinâmico e romântico  para os  nossos dias. E  que para muitos  se perdeu, com a tecnologia encontrada nas modernas máquinas digitais. 
Atualmente há  um culto sobre as polaróides,  basta voce acessar por exemplo sites como o ''flickr'' e outros especializados, onde há uma evidência  constante  do purismo da fotografia encontrado na revelação obtida com este equipamento.
E Clica consegue estabelecer este diálogo fotografando dentro de um mundo controverso de  tecnologia, sem perder algo genial que é a expontaneidade de fotografar amorosamente  as crianças que estão a sua volta.
A fotografia produzida por ela nos faz pensar de maneira lúdica o tempo de nossas vidas, a felicidade de nossa infância e a afetividade intrínseca em nossa existência. 
Há uma pureza  e um sentimento grandioso em  seus registros que nos  revelam que é preciso estar atento ao nosso próprio mundo. E é possivel ter uma  grandeza de espírito  aberto, como ela deixa transparecer  em sua fotografia cotidiana.
Há algo de  uma humanidade que Clica Voigt exercita sensivelmente  pelo  olhar de sua Polaróide, que é fascinante.
Dá uma olhada nas imagens e se emocione.

 























2 comentários:

  1. Andy, fiquei muito orgulhosa em estar aqui no teu blog! Obrigada! Ah... tanta coisa pra te dizer e ainda nem fomos dançar em Tókio! kkkkkk.... Bjs

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  2. Pois é Tokyo sempre nos espera... Obrigado por voce emprestar seu talento no blog.

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