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domingo, 13 de fevereiro de 2011

CONCEITUALIZANDO O LADO ''SIMPLES '' DA FOTOGRAFIA- LAURA DART


( Fotografia do site de Laura Dart)

DECIFRANDO A SIMPLICIDADE DA IMAGEM

Estes dias conversando via Facebook com o fotógrafo Paulo Greuel que mora aqui na cidade, ele me chamou a atenção para o trabalho de fotografia de um fotógrafo, o qual eu  havia postado no Blog. Ele disse que gostou mais achava o trabalho ''simples''.
A opinião dele me fez refletir. Paulo tem uma longa  vivência e trajetória  no campo da fotografia, porém  vejo que o contexto da interpretação da dita imagem moderna ou ''new photo'', como alguns estudiosos da imagem conceitualizam, está dimensionada em algumas possibilidades de tradução. Muitas vezes  há códigos intrísecos numa imagem que pode nos dar possibilidades interpretativas.
Na arte, para voce compreender o contexto que a obra  artística está inserida, é preciso também compreender o universo que o artista transita,  sua vida e  sua relação com o mundo que o cerca.
E isto é o que tento avaliar  ao me aproximar de um trabalho artístico, decifrar e  mapear as possibilidades interpretativas da obra. Há medida que isto ocorre, tento publicar no blog como meio de transferir um pensamento.
Embora  na fotografia exista  o brilhantismo da técnica, há o conceito e  a linguagem inseridos  por códigos muito subjetivos de estilo. Fotografia pode ser ''simples'',  no diálogo que ela estabelece, pórem o bacana desta simplicidade, é encontrar nela códigos humanos, emocionais e poéticos que traduzam um significado sobre a vida e nos sensibilize. E aí é que está a dicotomia.
No campo do efêmero, a  arte contemporânea efetiva códigos muito subjetivos sobre a compreensão  de uma imagem. Por trás dela, há uma simbologia sempre para ser decifrada. 
E boas imagens sempre  tocam em nosso imaginário e nos surpreendem.
Muitas vezes percebo beleza  em algo extremamente simples, pois tenho feito vários estudos e consultas sobre a estética na comunicação  da imagem nos dias atuais.   
Minhas pesquisas são aleatórias e me servem de condução analógica sobre a arte. E isto tento efetivar no Blog através de uma compreensão mais clara do processo de produção artística.
O que ocorre com a fotografia atual  não está somente preconizado nos efeitos técnicos, na  luz,  na cor e nos aspectos de produção e linguagem, mas  também no   pensamento que se cria analógicamente  sobre o diálogo que nela se estabelece.  
E no mundo moderno,  as grandes curadorias de arte tentam  estabelecer e traduzir o ''olhar'' para o amplo universo que se criou com as novas tecnologias da imagem, basta voce percorrer os milhares de sites e blogs todos os dias na web. A interatividade dos meios digitais possibilita uma evolução do pensamento da imagem e nos evoca a questionar o purismo e o excesso de tecnologia e produção.
Todas as possibilidades de criação nos faz  perceber que muitas vezes,  o ''menos'' é ''mais''. 
Paulo Greuel quando me disse ''simples'', criou a possibilidade de  avaliar com convicção, que eu estava no caminho certo de meu ''olhar'' sobre o  significado do post que havia publicado.  Fotografia pode ser simples, mas o fotógrafo tem que ter um ''olhar'' muito inteligente para nos dar esta possibilidade de ver,  diante de tanta técnica, tecnologia e  ainda surpreender.

A FOTOGRAFIA  HUMANA, POÉTICA E SIMPLES DE LAURA DART

A busca de um minimalismo da imagem me fascina.
E diante deste contexto me atrae o trabalho da jovem fotógrafa Laura Dart, que faz com extrema poesia ''portraits'' de pessoas comuns e músicos na cidade de Nashville (Tenesse-USA), onde ela vive e trabalha. Ela é  a tradução literal e uma das mostras sensíveis de uma fotografia que dialoga de maneira interativa  via web.
Com brilhantismo, sua imagem  jovem é moderna, contemporânea e traduz ''simplesmente'' um olhar extremamanete humano de individuos como nós, sem  as poses de celebridades.
Seu trabalho evoca de maneira existencial nosso tempo através de belos ''portraits'', onde a simplicidade  ilumina  e surpreende nossos olhos.  
Com um equipamento fotográfico e um olhar sutil, ela dimensiona a beleza  sobre a ótica do tocável, do mensurável de maneira inteligente. E é isto que torna emocionante seu trabalho.
Há uma pureza e  uma maneira muito sofisticada  de traduzir seu diálogo com a imagem, pois ela capta a dimensão de uma fotografia humana  com lirismo e poesia.
O que Laura  nos proporciona é a simplicidade de um olhar generoso e observador.
O site dela é bem bacana e tem uma trilha musical que faz voce entrar no seu universo,  http://dartphotographie.com/























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