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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

TIM MC EVOY E OLHAR SOBRE O ''PRIMITIVO MODERNO''

Atualmente tenho  observado o trabalho de diversos artistas plásticos e ao longo do tempo, sempre questionei até que ponto uma obra pode se consolidar e se encaixar nos chamados movimentos artísticos.
As vezes é mais fácil contextualizar a obra do que traduzir literalmente, onde ela  e o autor poderiam se encaixar na história da arte.
Por isso o tal ''maneirismo'' se aplica, ou seja ''fulano executa sua arte, a maneira de ciclano''. Ou seja lembra, faz lembrar outro artista ou uma escola da arte.
Para mim não cabe julgar e sim, apreciar ou não. Ou até usar de ironia dizendo: ''gosto não se discute, se lamenta''.
O fato é que existe algo chamado de ''primitivo moderno'' e quem me salientou para isso, há pouco tempo atrás,  foi a artista plástica daqui da cidade Betinha Trevisan. E através do comentário dela, comecei a olhar com mais rigor alguns trabalhos de arte de alguns artistas, sem perder o fio condutor de minha análise.
Tem muitos artistas que se camuflam como ''pop'' ou ''modernos'', mas ainda assim são primitivos no sentido da expressão artística. Há um traço e um desenho limitado, sem muito apuro em diversos artistas espalhados pelo mundo, como também  aqui na cidade. Há artistas inclusive que parecem não evoluirem em suas técnicas.  Se camuflam nela e parecem fazer um varejão de seus trabalhos como filosofia.
Comece a observar com a atenção devida e voce perceberá.

TIM  MC EVOY E SUA ARTE
Estes dias encontrei na web o trabalho de  Tim McEvoy, através de uma imagem que me chamou a atenção. Esta imagem eu guardei com o endereço de um site. Curioso me deparei com a obra de um artista, que poderíamos considerá-la como da escola do  ''primitivo moderno.''
Ele nasceu em Omaha (Nebraska-USA) e foi criado dentro do catolicismo e por ser americano se tornou um grande apreciador de hot-dogs. Tim  diz ironicamente que chegou a ser vice-presidente do club da escola de arte onde estudou. E que foram  três  tristes anos da faculdade estudando  arte, gravura e desenho técnico e acabou não se formando. Não se encaixando  nas regras acadêmicas resolveu agir por sua intuição.
Daí por diante, ele se dedicou em  fazer  de sua pintura um meio de expressão do seu mundo, conseguindo realizar  várias exposições individuais e coletivas.
Com esta simplicidade genuína  Tim McEvoy  evoca um pensamento que me fascina  na sua real expontaneidade. Ele faz o exercício de traduzir  possibilidades de diálogo da imagem mostando um desenho muito divertido, irônico e sarcástico ao mesmo tempo.
Talvez a sua vivência junto ao catolicismo lhe propicia identificar uma simbologia muito singular e pop ao mesmo tempo. Há um rebuscamento cultural muito identificável em sua obra.
Com uma simbologia própria e muitas vezes sugestionada por sarcasmo,  ele constrói um olhar profundo e as vezes ingênuo, mas com elementos muito racionais e interpretativos.
O que acho muito legal  na linguagem dele  é esta honestidade bruta, algo de uma limitação técnica  e ao mesmo tempo de uma composição  fragmentada, emocional e figurativa muito simples e original.
Suas imagens nos conduzem a pintura mural e ao cartoon. O trabalho dele voce pode gostar ou não,  mas suscita o diálogo de que a arte acima de tudo é tocável e muito mental. 

















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