Investigando o uso do corpo na arte me deparei com um editorial lindo da Vogue Hommes International, intitulado "Faux Semblants". Fotografado pelo belga Willy Vanderperre, o editorial é extremamente ''kinky''. As máscaras estão inseridas e parecem de certa maneira representar um certo fetiche. Aqui elas se misturam artisticamente com trajes clássicos de uma elegante alfaiataria criada por famosos designers do mundo da moda. A relação fetiche e moda adorna e impõe o corpo numa transformação. O uso de máscaras nos mostra a forma do corpo revista de uma outra maneira, onde parece acontecer uma metamorfose, pois ele é apresentado completamente coberto, evidenciando mistério. Há uma dialética neste editorial, pois além da máscara ser um acessório, ela imprime um código, um questionamento, como se protege-se ou esconde-se um corpo que está pra ser revelado. Dentro do escondido, há algo que está para ser decifrado e ao mesmo tempo protegido. Seríamos nós uma criação, uma fantasia humana ao vestirmos uma roupa e ao mesmo nos transfiguramos numa outra forma, num novo desenho do corpo? O corpo coberto é um código de transformação, nos dá a possibilidade de se reinventar e a arte de poder transferir estas sensações de uma nova forma, expressando-se. Cada vez mais vemos a arte inserida em contextos paralelos. No instigante editorial estão roupas de Marc Jacobs, Jil Sander, Calvin Klein, Yves St. Laurent, Givenchy e outros designers.
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