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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Alex Roulette e seu hiperealismo


Conheci recentemente o  trabalho do artista  chamado Alex Roulette. O que me chamou  a atenção em sua pintura,   é sua linguagem  bastante contemporânea e com uma visão muito atual de nossos tempos. Seu trabalho é moderno e muito bacana.   Ele é um jovem americano, nasceu em  Columbus-Ohio (1986), vive no Brooklyn (New York) e estudou arte e design gráfico.  Sua pintura  é  hiperealismo e em sua composição identificamos  códigos de um jogo de  surrealismo,  com  uma leitura urbana muito viva. Confesso que fiquei  instigado como ele desenvolve  uma figuração jovem e ao mesmo tempo, uma simbologia  que expressa uma solidão humana, inquietante.  Achei algo que eu classificaria de ''on the road'' no sentido conceitual. Mas o que vale mesmo é a expressão muito atual de sua pintura, pois em arte as classificações críticas e o neologismo das palavras podem banalizar um trabalho artístico. E cá entre nós, já passou o tempo de ficar intelectualizando a tradução do que se vê.  Sempre acredito que a  informação tem que ter um olhar prazeroso e trangressor. Quando a imagem  pictórica encontra códigos humanos que expressam um registro emocional, podemos diretamente sentir a força de um trabalho artístico. E na arte, existem muitas maneiras de sentirmos estas vibrações. Ou voce gosta ou não, mas é preciso se emocionar ou de certa maneira,  ter uma comoção por aquilo que voce observa. Alex Roulette consegue  transitar por este universo e faz um registro fotográfico pintado, que vai além de um exercício técnico. Ele faz algo jovem,  simbólico e  emocional. Seu trabalho tem  um sentimento guardado no tempo e registra visualmente uma geografia,  que poderia ser em qualquer lugar deste planeta. Há nas entrelinhas um estado de ficção em suas imagens.
Ele tem uma sofisticação neste olhar e faz uma  leitura muito clara e objetiva na sua composição. Eu gosto demais desta síntese que seu trabalho apresenta.
As imagens postadas aqui no blog são de sua  última exposição intitulada "Realismos Fabricados" -feitas este ano em New York. O título  resume a sua brilhante propensão para adicionar um toque de absurdo e muitas vezes  mais mundano  e bastante contemporâneo nos  cenários americanos, que  como falei, poderia ser em qualquer lugar do mundo.







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